Campanha Curriculum Global de Economia Solidária
Objetivos específicos e estratégias para uma Campanha por um Currículo Global da Economia Social Solidaria: propostas do Encontro Presencial no Rio de Janeiro.
CECIP- Centro de Criação de Imagem Popular Rio de Janeiro, Brasil
Data: 16 e 17 de Março de 2017
A Agenda do encontro, resultantes da consulta aos participantes da Campanha (há um relato de 40 páginas deste encontro que brevemente poderá ser baixado no site da Campanha):
Primeiro dia
Manhã
- Abertura
- Mística(ritual)
- Diagnóstico do contexto nos diferentes países
- Relato de Práticas das organizações presentes
Tarde
- Apresentações sobre conceitos básicos da Campanha e sua origens + Debates: Cláudius, Madza e Claudia Alvarez
- Grupos de trabalho sobre os temas:
- Objetivos Políticos e educacionais. (Quais são os objetivos políticos e educacionais da campanha?)
- Como alcançá-las: (Construir estratégias para atingir os objetivos)
- Tempo e Recursos: (em que prazo de tempo e com que recursos vamos atingir os objetivos
- Plenária
Segundo dia
Manhã
- Místico (Ritual)
- Grupos de trabalho sobre os temas:
- Comunicação e articulação (Quais devem ser os procedimentos de comunicação e articulação entre as várias redes e organizações envolvidas na Campanha)
- Coordenação e organização: como devem ser estruturados a equipe coordenação internacional da Campanha e as equipas de coordenação nacionais, quais devem ser as suas tarefas?
- Sustentabilidade: como garantir?
- Plenária
Tarde
- Planejamento de ações I (Abril – Agosto)
- Ações de planejamento II (articulações/alianças)
- Avaliação – Celebração
Como os participantes recomendam que os objetivos, estratégias (incluindo a captação de recursos) e os prazos de campanha resultem de uma construção coletiva, esperamos que as ideias aqui resumidas possam ser complementadas, debatidas e aperfeiçoadas por outros envolvidos nesta iniciativa.
Quais devem ser os objetivos políticos e educacionais da Campanha e suas estratégias?
Objetivos | Estratégias relacionadas |
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1. Participar na construção da contra hegemonia, dando visibilidade à construção de espaços de insurgências ou de resistência locais e globais- como os movimentos da Economia Solidária já existentes e em educação transformadora formais, não-formais ou informais; fortalecimento de iniciativas locais e globais; desenvolver uma ação global integrada | = Criar plataforma de site/digital (uma ferramenta digital amigável) que permita a troca de experiências, a construção coletiva do Currículo e permita articular com diferentes atores, integrando setores sociais, respeitando e valorizando o conhecimento e experiências de cada um; Usar esta plataforma ou repositório digital para compartilhar diferentes Currículos, para cada experiência local; Começar com o que temos e buscar o que está faltando |
2. Contribuir para a reconstrução da concepção dominante do mundo através de uma Pedagogia Colaborativa e de uma Educação Emancipatória, recuperando construções já existentes e sistematizando o conhecimento e as metodologias existentes em Economia Solidária; contribuir para a construção de sínteses a partir das diferentes concepções, práticas e experiências (na educação para a economia Social Solidaria), existentes nos cinco continentes; gerando e inter-relacionando «Quilombos da solidariedade». (quilombos é o nome que os africanos escravizados no Brasil deram aos territórios que conquistaram, onde eles poderiam ser livre e resistir a dominação branca) | = Fazer um diagnóstico inicial por país de experiências em educação para a Economia Social Solidaria ou educação para a solidariedade, resultando em um mapa planetário, onde qualquer pessoa pode encontrar essas experiências; (Uma plataforma que pode tornar possível) conhecer e reconhecer as experiências existentes na educação em economia solidária
= Gerar proposta, para cada país, de um Currículo Global e Local (Glocal) de EES; definir, em cada país, um Currículo Glocal (Educação formal, não-formal ou informal), unindo os trabalhos já existentes. |
3. Criar um entendimento comum dos conceitos centrais, tais como «Currículo»; «Economia Social Solidaria»; «cidadão global»;
«comunidade global»; «solidariedade». |
= Construir um glossário de termos usando imagem/humor, diálogo com outras linguagens; Criar um vocabulário na Wikipédia (vocabulário wiki), da Solidariedade e da Economia Social Solidaria. |
4. Promover um currículo que possa (…)
4.1. Construir novas relações Teoria<=>Prática; 4.2. Promover o diálogo dos Saberes Transdisciplinares; 4.3. Promover EQUIDADE – ECOVERSIDADE-uma diversidade que inclui a não-humanos; 4.4. Construir competências para a Cultura de Paz (transformar as relações violentas) e o autoconhecimento 4.5. Desenvolver ferramentas para pessoas com deficiência e pessoas com diferentes níveis de leitura. |
= Fortalecer a articulação e a interação entre as diferentes organizações que participam na campanha |
5. Incentivar a reflexão política das bases; Estabelecer uma relação de interdependência entre movimentos sociais e instituições Educação Públicas de formal; promover o diálogo entre movimentos sociais e poder público em todos os níveis. | = Estabelecer um diálogo entre os movimentos, causando um debate participativo com as bases-experiências de cada país. Exemplo: O Brasil vai desenvolver um relatório para socialização (o que aconteceu na reunião)= (levar a Campanha) para eventos nacionais e internacionais com temas relacionados à Economia Solidária (Agroecologia, soberania alimentar, educação, mulheres); (Criar estratégias para) envolver ao processo, espaços e experiências como a Feria de Santa Maria no RGS, Brasil |
Quais devem ser os procedimentos de comunicação e articulação entre as várias redes e organizações envolvidas na Campanha?
- Criar página aberta no Facebook para dar visibilidade, expandir a rede de contatos globais.
- Promover a Campanha em redes sociais; continuar com a Comunicação Virtual – e-mail, Facebook, WhatsApp.
- Criar um vídeo motivacional, destacando a solidariedade como o motor da Campanha.
- Criar um mapada EcoSol organizações em todo o mundo; coletar, organizar e compartilhar informações de situações locais.
- Identificar as pessoas em diferentes organizações que desejam trabalhar na campanha.
- Definir critérios para a utilização do site da campanha; por exemplo, criar a carta de adesão à campanha. Baixar (documentos, materiais)todos podem?; Upload somente para os que são membros?
- Criar calendário anual de reuniões virtuais por Skype ou Webinar. Exemplo da primeira segunda-feira de cada mês.
- Criar momentos de comunicação presencial.
- Organizar, a cada ano, um encontro presencial (geral) de 1 semana.
- Articular com as diferentes partes interessadas, tendo em conta as dificuldades do processo a partir de dentro (comunicação interna)e de fora (comunicação com os outros).
- Compartilhar nossas experiências de Economia Solidária, entre nós, para fortalecer a Campanha.
- Encontrar outros caminhos paracomunicar a Campanha – (Avaaz, Wiki…)
Em que período de tempo e com os recursos que alcançaremos as metas? Como garantir a sustentabilidade da Campanha?
- Começar imediatamente, em 2017; em um ano, realizar a definição coletiva de objetivos, estratégias, prazos e recursos; iniciar o diagnóstico para gerar o Currículo Glocal de ESS e criar o vocabulário Wiki
- Desenvolver um plano de captação de recursos (que deve ser apropriada aos desafios, aos projetos que devem ser concebidos e às necessidades de se manter uma estrutura essencial mínima), considerando: Não depender de recursos Governamentais e ter como base a solidariedade; elaboração de projetos para criar mecanismos de financiamento; investigar as possibilidades de financiamento junto a: UNESCO, UE; utilização dos recursos das redes de instituições sociais, participando da Campanha; revisão de exemplos já existentes de captação de recursos; procura de recursos por meios alternativos como crowdfunding (“vaquinha virtual”) e colaboração: doação de dinheiro e horas de trabalho; produção de vídeos, livros para vender para colaborar com a Campanha.
- Pensar onde deveria ser a sede de campanha também considerando financiamento – (se na África aumentam as possibilidades)
Como devem ser estruturadas as equipes de Coordenação da Campanha internacional e de coordenações nacionais, quais devem ser as suas tarefas?
- Repensar os termos «Coordenação Internacional» e «Coordenação nacional»; usar melhor as expressões de articulação/facilitação/promoção/animação.
- Criar uma Equipe Mãe com representantes de diferentes continentes e comissões ou equipes de mobilização, comunicação, financiamento e sistematização.
- Criar espaços Político – Coletivos (proporcionais) de mobilização (+3) por continente.
- Se houver recursos, criar Espaço Executivo- Secretaria Executiva.
- Promover uma liderança rotativa de organizações; com uma coordenação que muda todos os anos e onde se trabalhe em pares institucionais internacionais. Exemplo atual: Claudia de Argentina (REESS), Madza de Brasil (CECIP)
- Cada uma das organizações participantes na Campanha deve ter vários representantes, assim eles poderão revezar nas atividades.
Anexo: Plano de ação abril-agosto de 2017
1. Formação de equipes de trabalho: mobilização: comunicação, sistematização, financiamento.
2. Produzir um documento com a sistematização do encontro do Rio de janeiro.
Equipe 3 – mobilização: divulgar a campanha e fazer o documento de sistematização circular e ser discutidas em diversas redes, fóruns, conselhos… (no Brasil, por exemplo, em abril, na reunião da FBES executiva descentralizada, em maio, na EcoSol Conselho Nacional; em julho, em Sta. Maria).
Equipe 4 – comunicação: divulgar informações sobre a campanha , utilizando os recursos existentes (página de Face, site) e aperfeiçoar as ferramentas; providenciar traduções de Espanhol para Português, Inglês e Francês.
5. Tendo como base a Carta Convite de participação da Campanha, elaborar uma carta de princípios.
6. Preparar a participação no Congresso de BUAP-México, para dar visibilidade à Campanha, organizando um Encontro Presencial dos coordenadores, consultores e apoiadores da Campanha (evento paralelo) no qual será discutido o documento de sistematização do evento de março; avançar na construção dos objetivos e estratégias da campanha; e aprovação da Carta de Princípios
7. Divulgar uma agenda de oportunidades para divulgação da campanha em 2017. Exemplo:
❖ Brasília: Conferência Nacional por uma nova educação (CONANE) – 15 de junho-17
❖ Santa Maria-Rio Grande Social solidariedade economia justo no sul do Brasil- julho
❖ América Latina e no Caribe: MAELA-Semana Continental de Sementes Nativas e crioulas -26 de julho a 1 de agosto
❖ Puebla-México: Encontro Internacional de Economia Social Solidária -agosto
❖ América-Lisboa: Escola de Verão – setembro de
❖ Argentina: Fórum Nacional para Outra Economia – novembro de